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Não importa se você já usa o #Trello há muito tempo, ou se está começando agora. Conhecer os novos recursos e praticar aqueles que você mais usa é fundamental para que seu trabalho fique ainda mais eficiente.
Pensando em mudar meu nome de usuário no YouTube de vladcamposTV para vladimircamposTV. É que assim ficaria tudo com a mesma identidade: site, Mastodon, Bluesky e YouTube.
Chegou a hora de regravar meus vídeos sobre Trello.
Algo que acho incrível no YouTube é que mesmo os vídeos muito antigos continuam aparecendo nas buscas que as pessoas fazem online. Não fico acompanhando as estatísticas do canal diariamente, mas sempre que alguém deixa um comentário, ele é mostrado para mim no painel de administração. E é assim que percebo que as pessoas assistem vídeos muito antigos o tempo todo.
Um tema que recebe comentários com frequência é o Trello e resolvi passar os olhos sobre os vídeos que já publiquei. Nossa! 😳 Alguns deles foram gravados há 10 anos e claramente precisam ser atualizados. Afinal, o Trello mudou muito desde que comecei a falar sobre ele.
Enfim, resolvi que farei isso. Gradativamente, é claro. Mas tenho a impressão de que quando menos esperarmos, já estará tudo atualizado.
O que não tem solução, solucionado está.
A frase “o que não tem solução, solucionado está” aparece em diversos livros do meu autor predileto, Fernando Sabino. No caso dele, a impressão que fica é de que há certas coisas na vida que não podemos mudar e o melhor a fazer é aceitar. Porém, a minha visão a respeito dessa frase é um pouco diferente. Está mais ligada a algo que meu pai sempre diz: “Há solução para tudo, exceto a morte”.

Não sei se você já passou por isso, mas às vezes a nossa mente quase entra em pane de tanto tentarmos encontrar uma uma saída para um problema. Naquele momento, tudo parece terminar em barreiras insuperáveis, completamente impossíveis de serem contornadas.
Com o passar dos anos, aprendi algo que funciona muito bem tanto para a vida pessoal quanto profissional. Simplesmente vá fazer outra coisa. Foque em outro trabalho ou problema e, de repente, você ouvirá aquele click interior.
“Já sei!” 🎉
Isto acontece porque, ao alternar, o seu cérebro continuará processando o primeiro problema nos bastidores e tudo que você precisava era relaxar ou ver o problema a partir de outros ângulos. E é exatamente o que acontece quando nos afastamos da situação momentaneamente. O cérebro relaxa e, ao mesmo tempo, ao olhar para outras atividades, termina por encontrar alternativas em locais inesperados.
Porém, há um detalhe importante. O click tem que vir acompanhado de conseguirmos voltar para o ponto onde estávamos antes. No nosso trabalho, alternar pode ser tanto escolher outro quadro Kanban, quanto outro cartão como foco. Não faz diferença. O que importa é alternar. Porém, é fundamental termos quadros bem construídos. Espaços que, dentre outras coisas, congelem o momento de um trabalho em progresso e nos propiciem a calma e a certeza de que tudo estará lá quando voltarmos.
No que diz respeito a projetos pessoais, os “Containers de Informação” que uso no Timeline System cumprem exatamente o mesmo papel. Tudo que deixei guardado cronologicamente lá, estará lá quando eu voltar.
Enfim, no meu caso, o click surge de duas formas. Uma delas é finalmente visualizar a solução que parecia impossível, mas que agora ficou tão óbvia. A outra é conseguir enxergar o problema em si como uma vantagem e tirar proveito dele. Essa segunda é a que eu mais gosto. É quase como vencer uma batalha usando as estratégias do adversário.
De volta à minha visão a respeito do mantra do Sabino. “O que não tem solução”, ou seja, o problema em si, “solucionado está”, em outras palavras, usar o problema como a solução propriamente dita.
Quando isso acontece, é uma satisfação imensa, mas lembre-se, alternância também significa fazer algo muito difícil atualmente, desligar a mente por completo, como que numa longa pausa da Técnica Pomodoro. Mas isto é assunto para outro momento.
O sistema de gestão de atividades da sua empresa funcionaria sem um app?
Algo que digo com frequência aos meus clientes é para não focarem em tecnologias enquanto me explicam os processos da empresa. Ainda assim, é muito comum frases como “… aí movo o cartão para a lista ‘X’ do Trello…” e é neste momento que interrompo dizendo, “imagine que o Trello não existe”.
Entendo essa dificuldade de separar as coisas porque empresas vendem a ideia de que os aplicativos são a solução. Porém, isso não poderia estar mais longe da verdade. É, em realidade, uma armadilha. A solução é ter um bom processo e um fluxo transparente. Em outras palavras, uma equipe que pensa como equipe e age como equipe.
É por isto que o que preciso neste momento inicial é entender os processos. É uma informação crucial para podermos escolher e aplicar tecnologias como o Trello da forma mais eficiente possível.
Aliás, este momento inicial das mentorias é muito intrigante em vários aspectos. Algo que também percebo com bastante frequência são meus alunos anotando o que eles acabaram de me explicar. Ao que parece, a forma como conduzo as perguntas para compreender as etapas do que a empresa faz, ajuda o gestor ou dono a entender melhor os próprios processos.
Enfim, tudo isto para dizer que tive uma ideia para o meu livro e este acabou sendo o foco do que estou escrevendo agora pela manhã.
Entre 1997 e 1999, fui gerente de uma agência de viagens e nossos processos eram todos controlados por um fluxo que usava apenas papel. Apesar de quase 10 pessoas na equipe, havia apenas dois computadores na agência. Um deles ligado ao sistema de reservas das companhias aéreas e totalmente dedicado a isto, e outro que ficava na área administrativa para as pouquíssimas burocracias que já eram eletrônicas.
O que resolvi fazer logo no capítulo “Introdução” do livro foi apresentar o conceito de fluxo de trabalho usando o exemplo do que fazíamos naquela época e, ao mesmo tempo, estabelecer uma comparação com os termos e ensinamentos que uso atualmente nas minhas mentorias.
Além de uma viagem no tempo para quem viveu aquela época, acredito que será um exercício interessante para quem só sabe fazer as coisas usando aplicativos.
Acabei de conectar meu novo site ao Bluesky e ao Fediverso. Na prática, significa que todas as postagens, incluindo textos curtos e longos, fotos e até episódios do podcast, serão automaticamente adicionados ao Bluesky e também poderão ser seguidos a partir do Mastodon ou qualquer outro serviço compatível com o ActivityPub. Outro detalhe interessantíssimo é que comentários feitos nestas redes sociais aparecerão no blog e poderão ser respondidos por lá 🤯
Amo redes sociais descentralizadas!
A pergunta que nunca me fizeram, mas que decidi responder.
Comecemos pelo começo. “Nunca” usei domínios .com.br porque, quando comprei o meu primeiro domínio, antes da virada do milênio, ainda era preciso de um CNPJ para comprar domínios no Brasil.
O primeiro endereço que tive foi palmbr.com, usado na minha primeira aventura online. Foi só em julho de 2000, que o site foi capturado pela primeira vez pelo mecanismo de arquivo do Wayback Machine, mas o endereço e o site já existiam antes disso.
À medida que o projeto foi morrendo, passei a buscar outros endereços. Por exemplo, é possível ver que o conteúdo publicado em digicampos.com foi capturado pela primeira vez em março de 2001. Já vladimircampos.com aparece pela primeira vez no Arquivo por volta de junho de 2006.
Naquela época, não havia redes sociais, portanto, quanto mais simples de memorizar, melhor o domínio. E já que vladcampos era o nome de usuário que eu registrava em todos os sites, ele foi um dos endereços que comprei. O que me chateia é não saber quando. Tenho a imagem do recibo atualmente no Obsidian, mas a data da compra, no topo da página impressa, foi cortada quando digitalizei a impressão para guardar no Evernote.
Com base no que está no Arquivo da Internet, passei a utilizá-lo por volta de 2012, o que coincide com o declínio do conteúdo de vladimircampos.com, como pode ser visto nas imagens abaixo. A minha suspeita é de que eu redirecionava o vladcampos.com para o vladimircampos.com e, a partir de 2012, passei a fazer o contrário.

Voltemos, por um momento à minha primeira explicação no início do artigo. Ou seja, o porquê de não ter domínios .com.br. O que posso dizer é que as pessoas já haviam internalizado a variação .com que eu costumava comprar sem complicação alguma. Quando o processo ficou mais simples no Brasil, comprei e redirecionei variações .com.br para os .com, mas isto não durou muito.
Com relação à segunda situação, ou seja, a minha dificuldade de encontrar uma identidade online, o que tenho a dizer é que é algo que pode ser facilmente ligado à terceira parte dessa bagunça, criando ainda mais confusão.
Desde cedo, sempre publiquei algum conteúdo em inglês, como pode ser visto na imagem abaixo do menu de navegação de um dos meus primeiros sites (2001). E, ao longo dos anos, experimentei, sem sucesso, diversas ideias para resolver esta situação. Dois sites, o mesmo site com diferentes páginas, o abandono de uma tradução ou a outra e assim por diante. Nada nunca me satisfez e cá estou novamente experimentando algo. O que me leva a crer que, a esta altura, o melhor é seguir os conselhos de Fernando Sabino, meu autor predileto: “O que não tem solução, solucionado está”.

Como vladimircampos.com foi um endereço que usei por muito tempo em português em um blog que me trouxe muitas alegrias e vladcampos.com foi lentamente sendo migrado para o conteúdo em inglês, resolvi voltar a este estado. Portanto, este novo site e blog, em português, usará meu querido endereço vladimircampos.com.
P.S.: Peço sua paciência e compreensão porque as coisas aqui estarão em construção por algum tempo
Não perca de vista a sua humanidade
Além de tudo que eu disse no vídeo abaixo, há ainda outro aspecto extremamente importante. Se tudo que fazemos na vida não passa de um resumo para sermos mais rápidos, onde fica o prazer?
Outro dia, assistindo a um vídeo sobre um mistério que ocorreu em uma das viagens à lua, vi um comentário dizendo em que posição do vídeo estava a resposta. Embora seja uma prática habitual no YouTube, o volume inacreditável de likes e agradecimentos naquele comentário, me fez refletir sobre o tema por um instante.
Se o objetivo era apenas saber a resposta, não teria sido mais fácil perguntar para o Google ou algum IA?
Será que uma geração inteira não sente mais prazer no desenrolar de uma história? Assistir a um vídeo bem produzido em formato de documentário significa muito mais do que encontrar respostas.
Volto a insistir, IA está colocando em risco muitas das nossas qualidades, habilidades e, mais importante, prazeres. Viver uma vida completa não significa encontrar respostas rápidas para tudo. Ao contrário, dúvidas, curiosidades e expectativas são sentimentos extraordinários e muito ricos. Aliás, esses sentimentos desempenharam um papel importantíssimo na descoberta da América e séculos depois, na viagem à lua.
Como digo no vídeo, IA é algo que me ajuda demais e que uso diariamente, mas explorar e curtir o momento tem um valor incalculável que nenhuma IA é capaz de entender ou traduzir.
Se estes tipos de prazeres não existem mais em você, penso que vale refletir sobre o assunto.
O dia em que quase cometi o terrível erro de cancelar o Medium
Mesmo fazendo uma busca no Google usando o meu nome completo, o que aparecia no topo da lista era o meu perfil no Médium. Onde foi parar o meu site? Por que o Google decidiu mostrar o Medium como meu perfil principal?
A primeira coisa que veio à minha mente foram os links canônicos, que uso em todos os meus artigos publicados no Medium. Na prática, isso significa que, quando alguém faz uma busca no Google ou usando outros mecanismos, os links para os artigos encontrados são sempre os que apontam para o meu site e não a versão que publiquei no Medium.
Ou seja, uma possibilidade era um problema com o recurso de links canônicos no Medium ou, quem sabe, o Medium estava deliberadamente ignorando os links que coloco lá.
Como uso notas com tarefas no Obsidian
Um exemplo do dia a dia em que eu precisava juntar alguns documentos e depois solicitar outro documento via correios. Onde foi que guardei os documentos no Obsidian e como estou controlando o tempo de resposta via tarefas em uma nota.
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Há situações em que precisamos guardar informações para um futuro e não temos ideia exata de quando necessitaremos destas informações. No episódio de hoje, compartilho uma estratégia que utilizei no final de semana.
Lidando com anexos no Obsidian
O Moacir Junior deixou um comentário com uma pergunta sobre como lido com anexos no Obsidian e este é o tema do episódio de hoje.
Se você está fazendo, trata-se de um Action Container
Em uma sessão recente com um dos meus clientes, notei que ele criou uma pasta no Obsidian que não estava dentro de nenhum dos Containers de Informação. Será que isto faz sentido?
Projeto Homem das Cavernas Digital
en: The Digital Caveman project
O projeto Home das Cavernas Digital—que venho mencionado em alguns vídeos recentes—é uma ideia que surgiu naturalmente. Meu plano não é abandonar a tecnologia, nem simplificar por simplificar. Adoro e pretendo manter todas as comodidades que a vida moderna nos oferece, mas não há razão para sempre usarmos empresas que estão no outro lado do planeta para armazenar e gerir nossa vida digital. É inseguro em muitos aspectos.

Não sei exatamente quando isto teve início, mas é crescente em mim a necessidade de voltar a ter controle sobre o meu conteúdo digital. Olhando para trás, provavelmente a faísca inicial teve origem no iPod de quinta geração que tenho e uso até hoje. Depois veio o Obsidian que me dá acesso irrestrito às pastas e dados que estão no computador. Aliás, foi esta característica dele que serviu de inspiração para voltar a guardar as minhas fotos localmente em pastas, como uma forma de backup.
Coincidentemente, enquanto escrevo isto, a Amazon decidiu que a partir de 26 de fevereiro de 2025, não será mais possível fazer o download para o computador de livros em formato Kindle adquiridos por nós. Não houve alteração nenhuma no que se refere a baixar e ler os livros no seu Kindle, mas é impossível saber o que a empresa mudará no futuro. Afinal, já não basta bloquear as cópias com DRM, é preciso restringir ainda mais o acesso ao que supostamente é nosso. Uma coisa é pagar por streaming como o Spotify, outra coisa completamente diferente é comprar itens, mesmo que digitais.

De volta ao meu projeto. Quando criei o Timeline System e passei a utilizá-lo no Obsidian, comecei a imaginar um cenário onde eu teria todos os meus dados em pastas locais.
Depois de alguns testes, notei que é algo perfeitamente possível e atingível se for feito gradualmente. Além das fotos, venho construído uma réplica no computador de diversos locais salvos no Google Maps. Para isto, uso o plugin de Maps do Obsidian. Se algum dia o improvável acontecer e o Google deixar de oferecer o Maps gratuitamente ou simplesmente decidir que o produto não faz sentido, não perderei as minhas memórias de viagem.
Até o momento tenho tido sucesso em todas as minhas empreitadas. Por exemplo, recentemente tenho explorando a possibilidade de usar um gerenciador de senhas que com o banco de dados armazenado localmente no meu computador. Como já tenho as pastas do Obsidian sendo sincronizadas e com backup sendo feito em dois pontos da cidade, nada mais natural do que armazenar o banco de dados lá também. A propósito, dentro do container Timeline.
Há muito caminho a ser trilhado ainda, mas já vislumbro a minha migração para computadores usando Linux como o último estágio desta aventura. Caso queira embarcar nesta jornada, será muito bem-vindo.
Sei que isto não é para todo. Em realidade parece ser algo que apenas uma minoria entenderá e uma minoria da minoria tentará colocar em prática. É uma pena porque algumas comodidades modernas tem um preço muito alto e no limite pode significar que seus filhos não terão acesso a conteúdos que servirão de belas lembranças para eles depois que você se for.
Crie oportunidades para sorte te encontrar
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Já percebeu que quando viajamos e descobrimos coisas novas, há uma tendência para repetirmos experiências que gostamos à medida que a viagem vai chegando ao fim? A ciência explica. Como o tempo é escasso, repetir algo que foi bom é a garantia de que usaremos os últimos dias ou últimos momentos com algo que já sabemos que é agradável.
No limite, o mesmo raciocínio pode ser levado para nossas vidas. Quanto mais velhos vamos ficando, menos queremos experimentar o novo porque temos menos tempo de vida e cada vez teremos menos tempo e, consequentemente, mais vontade de fazer as coisas que já conhecemos e que sabemos que nos agradarão. Em outras palavras, a busca pelo novo é substituída pelo prazer do já conhecido. Os autores Brian Christian e Tom Griffiths, explicam isso de uma forma bem interessante:
“Quando seu avô compartilha com você quais restaurantes são os melhores, é importante ouvir porque presume-se que são anos e anos de experiências diferentes. Por outro lado, se ele vai sempre ao mesmo restaurante todos os dias e no mesmo horário, o melhor a fazer é ignorar a sugestão e buscar outras alternativas”.
Confesso que é muito difícil lutar contra essa força que nos acomoda, mas há algum tempo tenho tentado manter meus olhos abertos para experimentar o novo, porque é das novas experiências que podem vir surpresas maravilhosas. Segundo Frans Johansson é também de onde vem a criatividade e a chance de encontrarmos algo que mudará por completo um negócio, o trabalho ou mesmo nossa vida.
Alguns eram jovens demais e outros nem lembram daquele momento, mas quando Steve Jobs subiu ao palco e demonstrou o iPhone pela primeira vez, ele disse haver o risco de uma outra empresa ter uma ideia inovadora e tomar o mercado de tocadores de MP3, naquela época dominado pela empresa com a consagração do iPod. Portanto, o melhor dos mundos seria a própria Apple roubar de si mesma aquele posto.
A história mostra que o iPhone mudou radicalmente a empresa, mas hoje já se sabe que o projeto representou um enorme risco. Se algo tivesse dado errado ou se o telefone fosse um fracasso de vendas, a estratégia poderia ter levado a Apple à falência. Não há como saber se o resultado será satisfatório, mas essa semana a Apple mostrou mais uma vez que está disposta a mudar para sobreviver e o que vimos foi uma guinada completa no foco da empresa.
Mudar é sempre um risco. Podemos terminar piores do que começamos, mas há um outro lado. Como diria Picasso, “inspiração existe, mas ela precisa te encontrar trabalhando”. Em outras palavras, quanto mais experimentamos, mais oportunidades abrimos para o novo. E quem já teve a oportunidade de ver as primeiras obras de Picasso, Van Gogh, Monet etc. percebe claramente a mudança de estilo.
Desde muito jovem venho sendo exposto a mudanças de endereço, que trouxeram mudanças radicais na minha vida, na escola, amigos etc., mas não acredito que experimentar e mudar sejam atitudes naturais para o ser humano. Não sei se é possível se habituar a algo assim. Ao menos no meu caso, continua sendo difícil. Até hoje sinto o mesmo receio que, acredito, todos sentimos.

Sou filho de um pesquisador e por conta do trabalho do meu pai e do que experimentei vivendo com ele, já morei em diversas cidades no Brasil como Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasília e algumas vezes em Boston. Fui inclusive alfabetizado primeiro em inglês e depois em português.
Às vezes fico tentando imaginar como devem ser as loucas conexões no meu cérebro. Enfim, por um capricho do destino, ou, quem sabe, profecia auto realizável, casei com uma pesquisadora e depois de adulto vivi em Santiago no Chile, novamente em Boston e desde abril de 2018 estamos morando no Porto, em Portugal.
A propósito, minha esposa é nutricionista e pós-doutorada e extremamente empenhada na melhoria da qualidade de vida das pessoas. Ela compartilha muito contudo a respeito de alimentação saudável e saúde física e mental com ajuda do Yoga. Dê uma espiada no trabalho dela e no Canal do YouTube. Tenho certeza de que haverá algo lá que fará bem para sua vida.
Mudar para outro país não é simples. Ao contrário, é preciso reaprender muitas, muitas coisas novas. Felizmente, já passei por isso algumas vezes. Mas ainda assim é desafiador. Por outro lado, parando para pensar, por menor que seja, nenhuma mudança é fácil.
O ser humano parece não gostar de experimentar o novo e menos ainda de mudar. É algo que sempre traz desconforto. Porém, o que percebi ao longo dos anos é que com planejamento há como reduzir os riscos de terminarmos piores do que começamos e ainda aproveitar os potenciais benefícios do novo. Mas cuidado, não fique planejando para sempre. Dar o primeiro passo é fundamental. Na pior das hipóteses, você aprenderá algo e nunca se sabe quando aquilo será útil.
Tenho uma pós-graduação em Relações Internacionais com foco em dissuasão nuclear. Inacreditável, não e mesmo? Foi algo a que me dediquei por quase dois anos porque adoro política internacional e provavelmente por ter crescido no meio da Guerra Fria acabei estabelecendo uma conexão com o tema nuclear.
O lado mais inacreditável da história em realidade é que acabei trabalhando em um dos mais longos projetos da minha vida profissional porque necessitavam de alguém com conhecimentos de gestão, TI e alguma formação na área de Relações Internacionais. E quem me sugeriu aplicar para o trabalho foi a esposa de alguém que conheci quase 10 anos antes, quando morei na cidade de São Paulo. Ficou curioso? Contei a história toda e em detalhes neste episódio do podcast.
Coisas deste tipo acontecem comigo o tempo todo. É muito difícil perceber em tempo real o que novas experiências e suas conexões nos trarão no futuro. Simplesmente porque são conexões totalmente inesperadas. É praticamente impossível prever. Portanto, simplesmente faça. O resultado provavelmente virá na forma mais inesperada possível.
Enfim, lute contra nossa natureza e mude qualquer coisa na sua vida. Experimente algo diferente, por menor que seja. O resultado pode ser surpreendente.
Picasso que o diga!
Decidi trocar a Página do Facebook por um Canal do YouTube.
Originalmente publicado em formato de vídeo no meu canal do YouTube.
Nessa época, eu morava em Santiago do Chile e lembro claramente deste momento. Usei o iPhone para gravar e editar no iMovie.
O vídeo foi publicado no Facebook e no YouTube, e lembro claramente de muita gente no Facebook me criticando nos comentários do post. Mas eu estava exausto daquilo. Já havia investido muito dinheiro na Página do Facebook e o retorno sempre foi incompatível.
Alguns meses depois, sem gastar um centavo sequer promovendo meu conteúdo no YouTube, o número de inscritos no canal ultrapassou os inscritos que eu tinha no Facebook. Era o estímulo inicial de que eu precisava. O resto, como dizem, é história.