Vladimir Campos

Essa quarta, assisti a uma apresentação do pessoal da RunKeeper na loja da Apple falando sobre a versão do aplicativo para o relógio. Uso o RunKeeper no iPhone desde que foi lançado. Atualmente, acompanho meus passos via Breeze e controlo as corridas com o Pebble. Será que a Apple finalmente me conquistará via app de monitoramento de atividades físicas?

A apresentação foi relativamente curta, mas interessante. Na primeira parte foi dada uma visão geral do aplicativo para o telefone e em seguida foi feita uma demonstração usando o relógio.

Algo que imediatamente me agradou foi a possibilidade de iniciar a corrida via Apple Watch. No Pebble, isso não é possível. O que faço é iniciar via telefone e, logo em seguida, pressiono a pausa. Depois, posso escolher um podcast, colocar o telefone na braçadeira e, quando começo a corrida, desligo a pausa via relógio.

Pode parecer bobagem, mas não é. Uma vez perdi uma corrida inteira. Terminei a atividade, usei a pausa via Pebble e esqueci de encerrar no telefone. Resultado? No dia seguinte, apaguei a corrida anterior por acidente quando tentava iniciar uma nova.

Apesar dessa pequena vantagem, a versão do RunKeeper para Apple Watch ainda é basicamente uma extensão da tela do iPhone. Além disso, atualmente a Apple não permite acesso de apps (terceiros) a diversos recursos, como o monitor cardíaco. Porém, acredito que, como aconteceu no iOS, essas barreiras cairão com o tempo.

O problema é que essas restrições sempre complicam um pouco a vida dos desenvolvedores. Por exemplo, o app de atividades físicas da Apple não é tão completo quanto o RunKeeper. Após algumas corridas, ele compara seus passos com a distância calculada via GPS no iPhone e depois você pode passar a correr somente com o relógio. Já o app RunKeeper, depende 100% do telefone.

Concluída a apresentação, funcionários da Apple trouxeram alguns relógios para a mesa e foi uma experiência diferente. Além de testar o RunKeeper, pude, pela primeira vez, usar o relógio no braço e navegar com mais tempo entre os recursos. Disparamos até mesmo uma selfie via Apple Watch.

O relógio mostra tudo que está sendo visto pela câmera do telefone e junto um botão para fotografar. Mas, definitivamente, ainda não foi dessa vez que saí da loja com um relógio da Apple. Além do preço, que considero elevado, não estou convencido a respeito da utilidade do relógio.

Para falar a verdade, ando ansiosamente aguardando a atualização do sistema operacional do meu Pebble. Quero muito experimentar a nova timeline anunciada há algum tempo. O novo relógio—Time—começa a ser vendido no próximo mês e, depois disso, ocorrerá a atualização dos antigos modelos.