eBooks
Migrei do Kindle para o BookFusion e não poderia estar mais feliz
Deixar de usar o Kindle foi, em realidade, um processo relativamente longo que venho compartilhando no YouTube e no meu blog.

O primeiro passo foi remover o DRM dos meus livros comprados na Amazon e usar o Calibre para gerenciar minha biblioteca. Que, a propósito, passou a ser armazenada no meu cofre do Obsidian. O próximo passo foi testar alguns leitores.
Supernote
O Supernote tem um leitor de ePub e, como meus livros já estavam no Obsidian, foi só uma questão de sincronizar a pasta da biblioteca com o Supernote para abrir e ler qualquer um dos meus eBooks.
Há ainda outras vantagens. Por exemplo, posso usar a caneta e fazer anotações no próprio livro, que depois podem ser enviadas para diversas partes, até mesmo para notas do Obsidian, usando o recurso Digest.
Porém, há uma grande desvantagem. Só posso ler usando o Supernote.
BookFusion
O BookFusion é um leitor que eu já vinha testando no Android, mas que também tem aplicativos para iOS, Mac, Windows e até a web. E assim como acontece no Kindle, minhas anotações, posição de leitura, grifos, etc. são automaticamente sincronizadas entre todos os aparelhos.
Como o Supernote é, na realidade, um “Android disfarçado” ☺️, instalei o BookFusion nele também e passei a ter acesso aos livros que estou lendo, independentemente do dispositivo.
Outra vantagem são as diversas integrações. Por exemplo, há um plugin para o Calibre, que facilita o envio de livros para a nuvem do BooksFusion. Em breve publicarei um vídeo explicando como instalar e usar este recurso.
Outro vídeo, também já gravado, é sobre um plugin incrível que permite sincronizar as nossas anotações, grifos, capa, progresso do livro e mais uma infinidade de outros detalhes com o Obsidian.
Os dois vídeos serão publicados em breve.
Por ora, caso ainda não tenha assistido, sugiro o vídeo abaixo sobre como usei o Calibre para ter controle total sobre minha biblioteca.
Projeto Homem das Cavernas Digital
en: The Digital Caveman project
O projeto Home das Cavernas Digital—que venho mencionado em alguns vídeos recentes—é uma ideia que surgiu naturalmente. Meu plano não é abandonar a tecnologia, nem simplificar por simplificar. Adoro e pretendo manter todas as comodidades que a vida moderna nos oferece, mas não há razão para sempre usarmos empresas que estão no outro lado do planeta para armazenar e gerir nossa vida digital. É inseguro em muitos aspectos.

Não sei exatamente quando isto teve início, mas é crescente em mim a necessidade de voltar a ter controle sobre o meu conteúdo digital. Olhando para trás, provavelmente a faísca inicial teve origem no iPod de quinta geração que tenho e uso até hoje. Depois veio o Obsidian que me dá acesso irrestrito às pastas e dados que estão no computador. Aliás, foi esta característica dele que serviu de inspiração para voltar a guardar as minhas fotos localmente em pastas, como uma forma de backup.
Coincidentemente, enquanto escrevo isto, a Amazon decidiu que a partir de 26 de fevereiro de 2025, não será mais possível fazer o download para o computador de livros em formato Kindle adquiridos por nós. Não houve alteração nenhuma no que se refere a baixar e ler os livros no seu Kindle, mas é impossível saber o que a empresa mudará no futuro. Afinal, já não basta bloquear as cópias com DRM, é preciso restringir ainda mais o acesso ao que supostamente é nosso. Uma coisa é pagar por streaming como o Spotify, outra coisa completamente diferente é comprar itens, mesmo que digitais.

De volta ao meu projeto. Quando criei o Timeline System e passei a utilizá-lo no Obsidian, comecei a imaginar um cenário onde eu teria todos os meus dados em pastas locais.
Depois de alguns testes, notei que é algo perfeitamente possível e atingível se for feito gradualmente. Além das fotos, venho construído uma réplica no computador de diversos locais salvos no Google Maps. Para isto, uso o plugin de Maps do Obsidian. Se algum dia o improvável acontecer e o Google deixar de oferecer o Maps gratuitamente ou simplesmente decidir que o produto não faz sentido, não perderei as minhas memórias de viagem.
Até o momento tenho tido sucesso em todas as minhas empreitadas. Por exemplo, recentemente tenho explorando a possibilidade de usar um gerenciador de senhas que com o banco de dados armazenado localmente no meu computador. Como já tenho as pastas do Obsidian sendo sincronizadas e com backup sendo feito em dois pontos da cidade, nada mais natural do que armazenar o banco de dados lá também. A propósito, dentro do container Timeline.
Há muito caminho a ser trilhado ainda, mas já vislumbro a minha migração para computadores usando Linux como o último estágio desta aventura. Caso queira embarcar nesta jornada, será muito bem-vindo.
Sei que isto não é para todo. Em realidade parece ser algo que apenas uma minoria entenderá e uma minoria da minoria tentará colocar em prática. É uma pena porque algumas comodidades modernas tem um preço muito alto e no limite pode significar que seus filhos não terão acesso a conteúdos que servirão de belas lembranças para eles depois que você se for.
Piloting Palm
Piloting Palm was the first book I read on my Palm. It couldn’t be more appropriate: a book about Palm, read on a Palm.

But the most interesting part is being able to look at the device I’m reading the book on and see some of the details being described in the book. As a person super passionate about this device, it’s really difficult to put this down. Not to mention that it’s not even technically possible, as the Palm is always with me! LOL.