Berlin
MacGyvering a broken suitcase.
The plan was to contrast two realities that couldn’t be further apart by spending a couple of days in Berlin after our long journey across India by train.
It’s January, and since the weather was the opposite in both countries, we had to bring two very different types of clothes. That’s why we are traveling with a suitcase that isn’t the appropriate size for trains.
Long story short, always dragging it sideways on train hallways and then pulling it on the rough terrain around the stations damaged the wheels and turned it into a limping suitcase. Although it was like driving with a flat tire, it didn’t make sense to fix it because it would break again. But now that we are in Berlin, I decided to take a look at the situation.
I thought the wheels were just jammed, but that wasn’t the case. Two of them lost almost all of their bearing spheres, and there’s no way I can fix that with the tools I brought with me.
After some investigation, I was able to dismantle the axle and reposition one good wheel on each side. I was happy to have a working rolling suitcase again, but the wheels were too loose and that was not going to last long. The solution was to MacGyver it by cutting pieces of a pen barrel, which I used as a spacer. And that worked like a charm.
Very Expensive German beer
This was going to be our first time in Germany, so as we purchased the tickets, I started thinking about all the delicious beers I would be trying. Fast-forward to arriving at the hotel, and things couldn’t be more perfect. There’s a grocery store waiting for me across the street.
My wife went for the healthy food, while I started browsing the enticing options available in the beverages' aisle. A good while later, I met her at the cashier, bringing with me a single bottle of Heineken.
— What happened?
nação distante
uma fila de tanques
um filho gritante
(da nação distante)
um Nobel da paz
um notável capaz
(da nação distante)
uma fila armada
com armas de fogo
uma fila armada
com armas de flores
um acerto de cúpula
um cerco à culpa
(da nação distante)
um muro no chão
um mundo de confraternização
(da nação distante)
Não há data na página deste poema no meu caderno de poesias, mas como o Nobel da paz de 1990 foi anunciado no dia 15 de outubro de 1990, decidi atribuir esta data a este post, já que o poema, indiretamente, menciona Mikhail Gorbachev.
Só o Amor Destrói
Vejo através
de fragmentos da parede de concreto
Vejo através
de frações de um mundo incerto
provas do que mudou
do que diziam ser certo
restos do que acabou
do que era perpétuo
Um muro Alemão
e são tantos mais
fronteiras sem razão
guerra na Praça da Paz
“Só o amor destrói”
o que só o ódio constrói
Vejo através
de filas de tanques de guerra
Vejo através
de filhos que amam sua Terra
provas do que mudou
do que diziam ser certo
restos do que acabou
do que era perpétuo
Vejo através
de homens que não cansam de sonhar
Vejo através
de sonhos que não param de realizar
Cai um muro alemão
e o de outras terras mais
não há fronteiras sem razão
só paz na praça da guerra
“Só o amor destrói”
o que só o ódio constrói
Em 1990 ganhei, não me recordo de quem, um fragmento do Muro de Berlim dentro de um pequeno envelope com a frase “SÓ O AMOR DESTRÓI” impressa na parte externa.
Na parte interna desse envelope, que guardo até hoje, há um pequeno texto dizendo que o fragmento foi trazido ao Brasil por Wolger Wey, que honestamente não faço a menor idéia de quem seja. Por curiosidade, recentemente procurei informações na Internet mas não há nenhuma referência ou vínculo que eu tenha encontrado de uma pessoa com este nome e o Muro de Berlim.
Confirmar a legitimidade do fragmento nunca foi algo que me importou e continua não sendo importante agora. O que está vivo na minha mente até hoje são as imagens que vi na televisão de uma multidão de pessoas derrubando um muro que nunca deveria ter existido. Isso é o que realmente importa!
Lembro também que quando recebi o fragmento de presente, as imagens do muro sendo derrubado e a multidão passando pelo Portão de Brandeburgo começaram a se repetir na minha mente me fazendo pensar em quanto ódio foi necessário para construir um muro — e tantos outros tipos de muro que depois dele surgiram — dividindo famílias e amigos. Foi esse sentimento que me fez escrever o poema que ganhou o nome “Só o Amor Destrói”.